São Paulo segue líder apesar da irregularidade, enquanto o adversário, recém voltado da série B, busca recuperação na tabela

O São Paulo iniciou o clássico contra o Santos de maneira positiva, superando as dificuldades impostas pela forte chuva que atrasou o jogo e comprometeu o estado do gramado da Vila Belmiro. Na sexta rodada do Campeonato Paulista, o Tricolor conseguiu se impor e até abriu o placar, mas, assim como o temporal que caiu durante a partida, o desempenho da equipe despencou na etapa final. No final das contas, o São Paulo acabou derrotado por 3 a 1.


Até então invicto na temporada, o time de Luis Zubeldía teve 45 minutos para aproveitar, mas os outros 45 minutos não podem se repetir se a equipe quiser continuar sonhando com o título do Paulistão. Contudo, independentemente dos aspectos negativos apresentados, não há motivo para desespero. O contexto da partida e o cenário de dificuldades externas são fatores que precisam ser considerados.


A forte chuva que atrasou a partida por 1h15 e deixou o gramado da Vila Belmiro em condições precárias, principalmente no meio-campo, complicou o jogo para o São Paulo. A área onde os melhores jogadores do time atuam foi particularmente prejudicada. No entanto, isso não pode ser uma desculpa para o rendimento no segundo tempo. O Santos soube jogar bem mesmo em um gramado difícil, enquanto o São Paulo piorou justamente depois que as condições de jogo começaram a melhorar.


No segundo tempo, a equipe do São Paulo se desorganizou, com destaque negativo para os atacantes Oscar e Calleri. Ambos pouco participaram, cometeram erros de decisão e prejudicaram o andamento das jogadas. Mas o maior ponto de preocupação foi a fragilidade defensiva do time. O centroavante Tiquinho Soares, recém-chegado ao Santos, causou muitos problemas para a defesa tricolor. Arboleda e Sabino não conseguiram segurar o atacante, que esteve diretamente envolvido em dois dos três gols do Santos.


O lateral-direito Igor Vinícius também não teve boa atuação. Pouco contribuiu ofensivamente e cometeu falhas na defesa. A temporada do jogador até o momento não tem sido das melhores, e o clássico contra o Santos só evidenciou essas dificuldades. Além disso, a decisão do técnico Luis Zubeldía de substituir Pablo Maia por Ferreira, logo após o segundo gol do Santos, deixou o meio-campo tricolor vulnerável. Oscar, que já não estava bem na armação, foi forçado a recuar e não conseguiu evitar o terceiro gol do adversário.


Apesar da derrota, o São Paulo segue líder do Grupo C do Campeonato Paulista, com 10 pontos e um jogo a menos. O revés no clássico não deve gerar pânico, mas serve como um alerta. Para brigar por títulos, o Tricolor não pode se dar ao luxo de errar tanto e de cair de produção de forma tão drástica como no segundo tempo da partida. O time teve uma boa primeira metade de jogo, mas se perdeu após o intervalo, principalmente devido a falhas no meio-campo.


A chuva prejudicou a partida para ambas as equipes, mas o São Paulo falhou em ajustes táticos importantes, principalmente nas substituições feitas por Zubeldía. O treinador não conseguiu acertar na estratégia e as mudanças não surtiram efeito, resultando em uma derrota dolorosa e importante para o time. O clássico precisa ser analisado como uma lição, não como um motivo para pânico, mas para o Tricolor continuar evoluindo rumo ao título estadual.

Share by: