Na última quarta-feira (19), o São Paulo foi derrotado pela Ponte Preta, por 2 a 1, em pleno Morumbi, comprometendo sua busca pela liderança do Grupo C do Campeonato Paulista. O time, que havia se mostrado forte no início da competição, agora enfrenta sérios problemas táticos e técnicos, refletidos tanto na sua atuação individual quanto coletiva.
O primeiro tempo foi marcado por um jogo morno, com o São Paulo dominando a posse de bola, mas sem conseguir criar muitas oportunidades claras. A única jogada de perigo para o Tricolor surgiu de uma bola parada. Aos 26 minutos, Oscar cobrou um escanteio perfeito para Calleri, que, com um bom posicionamento, cabeceou forte para abrir o placar. O São Paulo até teve mais a bola no primeiro tempo, mas a criação no meio-campo foi inconsistente.
No segundo tempo, sem conseguir neutralizar as investidas da Ponte Preta, a equipe teve um desempenho defensivo abaixo das expectativas. A virada da Macaca ocorreu em dois lances de falhas coletivas. A equipe adversária se aproveitou das fragilidades do sistema defensivo do Tricolor, que deixou espaços e falhou na marcação.
A Ponte Preta, por sua vez, iniciou a pressão logo no começo do segundo tempo, e aos 14 minutos empatou a partida após boa jogada coletiva, que virou o jogo pouco depois. A equipe de Campinas apostou na intensidade e na agressividade, forçando os erros do adversário. Taticamente, a Ponte se posicionou bem no campo defensivo, dificultando a criação de jogadas do São Paulo, que recorreu, sem sucesso, aos cruzamentos para a área.
O maior problema do São Paulo no jogo foi o desempenho defensivo. Durante a partida, os erros coletivos se destacaram como o ponto crítico. O time mostrou-se vulnerável em transições rápidas e sofreu duas viradas em lances que poderiam ter sido evitados com uma marcação mais eficiente. Contra a Ponte Preta, o sistema defensivo do São Paulo teve dificuldades na recomposição, o que permitiu que o adversário se infiltrasse na defesa e finalizasse com precisão.
A defesa não tem conseguido fazer frente aos ataques rápidos e, muitas vezes, desorganizados do adversário. Além disso, a falta de entrosamento entre os defensores, especialmente nas jogadas aéreas e nas coberturas nas jogadas pelas pontas, se mostrou um ponto crucial no jogo.
Outro ponto que mereceu destaque foi a falta de criatividade ofensiva. Apesar da posse de bola, o São Paulo não conseguiu transformar essa vantagem em chances reais. A equipe parece depender demais de jogadas individuais e cruzamentos para a área, o que tornou o ataque previsível para a defesa da Ponte Preta. A estratégia de utilizar cruzamentos longos não surtiu efeito, uma vez que a defesa adversária estava bem posicionada, cortando os passes com facilidade. Além disso, a equipe não conseguiu construir jogadas mais trabalhadas pelo meio, o que resultou na estagnação do jogo ofensivo.